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sábado, 18 de fevereiro de 2012

Os Doze Princípios da Espiritualidade da Criação


1. O Universo, e tudo dentro dele, é fundamentalmente uma benção. Nossa relação com o Universo preenche-nos de admiração.

2. Na Criação, Deus é tanto imanente quanto transcendente. Isso é panenteísmo, que não é teísmo (Deus lá fora) nem ateísmo (nenhum Deus em lugar nenhum). Em nossa experiência, o Divino está em todas as coisas e todas as coisas estão no Divino.

3. Deus é Mãe, Filho, e Pai; é Deus em mistério e o Deus na história; está além de todas as palavras e imagens, e em todas as formas e seres. Estamos libertos da necessidade de apegarmo-nos a Deus em uma forma ou um nome literal.

4. Em nossas vidas, é através da obra da prática espiritual que encontramos nosso verdadeiro e mais profundo eu. Através das artes de meditação e silêncio, cultivamos a clareza da mente e nos movemos além do medo rumo à compaixão e comunidade.

5. Nossa obra interior pode ser compreendida como uma jornada quádrupla que envolve:
  • admiração, deleite, surpresa (conhecidos como Via Positiva)
  • incerteza, escuridão, sofrimento, abandono (Via Negativa)
  • parto, criatividade, paixão (Via Creativa)
  • justiça, cura, celebração (Via Transformativa)
Tecemos através dessas sendas como uma espiral dançada, e não como uma escada subida.

6. Cada um de nós é um místico. Podemos adentrar o místico tanto através da beleza (Via Positiva) quanto através da contemplação e do sofrimento (Via Negativa). Nascemos plenos de admiração e podemos recuperá-la em qualquer idade.

7. Cada um de nós é um artista. Seja qual for a expressão de nossa criatividade, ela é nossa oração e louvor (Via Creativa).

8. Cada um de nós é um profeta. Nossa obra profética é interferir em todas as formas de injustiça e em tudo aquilo que interrompe a vida autêntica (Via Transformativa).

9. A diversidade é a natureza do Universo. Alegramo-nos em e corajosamente honramos a rica diversidade presente no Cosmos e expressa entre os indivíduos e através de culturas, religiões e tradições ancestrais.

10. A obra básica de Deus é a compaixão, e nós, que somos todos bençãos originais e filhos e filhas do Divino, somos chamados à compaixão. Reconhecemos nossa mútua interdependência; regozijamo-nos com as alegrias uns dos outros e afligimo-nos com os sofrimentos uns dos outros, trabalhando para curar as causas desses sofrimentos.

11. Há muitas fontes de fé e conhecimento nascendo de um rio subterrâneo de sabedoria Divina. A prática de honrar, aprender e celebrar a sabedoria coletada dessas fontes é o Ecumenismo Profundo. Respeitamos e abraçamos a sabedoria e unidade que advém das diversas fontes de todas as tradições sagradas do mundo.

12. A justiça ecológica é essencial para a sustentabilidade da vida na Terra. A ecologia é a expressão local da cosmologia e, portanto, comprometemo-nos a viver à luz deste valor: transmitir a beleza e a saúde da Criação às gerações futuras.



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